AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
PARA SER ENTREGUE ATÉ DIA 11/12
Leia o conto para responder as questões:
O MISTÉRIO DA CASA ABANDONADA
FERNANDO SABINO
Quando chegamos em frente à cada abandonada, ouvimos o sino da igreja de Lourdes dar pausadamente doze badaladas; meia-noite! (...) Fazia frio e vi que Anairam tremia tanto quanto eu, mais ainda assim levamos em frente a nossa aventura.
Não foi difícil transpor o portão: um ligeiro empurrão e ele se abriu, devagar, rinchando nas dobradiças. Fomos avançando por entre o mato do jardim. Alguma coisa deslizou junto a meus pés - um rato, certamente, ou mesmo um lagarto. Engoli seco e prossegui a caminhada ao lado da minha companheira, seguido dos outros dois agentes.
Ao chegar a varanda; ordenei a ambos que ficassem ali e nos esperassem. Não convinha entrarmos todos ao mesmo tempo. Alguém tinha de ficar de sentinela do lado de fora. Subimos os degraus de pedra em plena escuridão e tateamos pela parede à procura da porta. Tinhamos trazido conosco uma caixa de fósforo e uma vela, mais não era prudente acendê-la ali: poderíamos chamar a atenção de alguém na rua, algum guarda - noturno rondando por lá.
Encontramos a porta e forçamos o trinco. Estava trancada por dentro, não houve jeito de abrir. Era tão fraca, a madeira parecia podre, e eu seria capaz de arromba -lá com um ponta pé, só que faria muito barulho. Preferimos forçar a janela que dava também para a varanda. Era só quebrar o vidro, meter a mão e puxar o trinco. Tirei o sapato e bati fortemente com o salto no vidro, que se espatefou num tremendo ruído. Assustado, Hinderburgo latiu no jardim, por sua vez nos assustando tanto, que nosso primeiro impulso foi fugir correndo.
Como não acontecesse nada, ao fim de algum tempo resolvemos continuar a nossa missão. Aberta a janela, fui o primeiro a pular. Depois ajudei Anairam a entrar também. Só então, já dentro de casa, nos ariscamos a acertar a vela. Era uma sala grande, onde não tinha nada, a não ser poeira e manchas de mofo pelas paredes forradas de papel estampado. A chama da vela, trêmula, projetava sombras que se mexiam pelos cantos, ameaçadoras, enquanto avançávamos. Em pouco vimos que ali embaixo só havia nos quartos lá em cima.
Subimos devagarzinho, eu na frente, conduzindo a vela, a agente Anairam se agarrando na minha blusa. Procurava não fazer barulho, mais os degraus de madeira da escada, já meio podres, rinchavam, dando estalinhos debaixo de nossos pés. No segundo andar, empurramos a porta do primeiro quarto no corredor e entramos. Era um quarto grande, mas a vela não dava pra ver nada, a não ser a nossa própria sombra, projetada na parede. Foi quando, de súbito, a luz acendeu e tudo se iluminou.
No primeiro instante ficamos deslumbrados com aquela com aquela claridade e nós voltamos para ver quem tinha acendido a luz. Soltamos junto um grito de pavor - parado junto à porta estava um velho horrendo, alto, barba sua, cabelos desgrenhados, a nos olhar, mãos na cintura:
- Que é que vocês dois estão fazendo aqui? Quem são vocês?
Após a leitura do texto "O mistério da casa abandonada", de Fernando Sabino, responda às questões.
1. Na sua opinião, este texto é alegre, poético, triste ou de suspensa? Justifique sua resposta.
2. Quem você acha que era aquele homem que estava dentro do quarto? Por que ele estava lá?
3. Quem são os personagens da história?
4. O texto contém qual tipo de narrador?
( ) narrador -observador - conta a história do lado de fora, sem participar dela.
( ) narrador - personagem - aquele que conta a história, na primeira pessoa (eu), fazendo parte dela.
5. Como essa história poderia terminar? Dê um final ao conto.
PARA ALUNOS QUE NÃO CONSEGUIR RESPONDER O FORMULÁRIO ABAIXO, RESPONDA NO CADERNO E ME ENVIEM AS FOTOS.
https://forms.gle/6GV9L5LwoorfhCjD7
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