FILOSOFIA POLÍTICA - JUSTICA SOCIAL, DEMOCRACIA E POBREZA
O poder e a disputa permeiam o convívio humano. Deles nascem a política. Como em um jogo de xadrez, é necessário entender as regras no âmbito político.
A filosofia política engloba a multiplicidade de reflexões filosóficas sobre a origem ou a organização da vida em sociedade e as várias implicações que esse convívio impõe aos indivíduos.
Mesmo que alguns pensadores tenham refletido sobre as mesmas noções e temáticas, como a justiça e a natureza das leis, a relevância de suas propostas está mais na novidade ou especificidade com a qual abordaram essas questões do que em sua viabilidade prática.
Filosofia política na Idade Contemporânea
As implicações sociais das revoluções industriais e os movimentos por independência, em especial o da Revolução Francesa, modificaram o cenário mundial do século XIX e fomentaram a discussão sobre a democracia e a questão dos direitos. Há muitas contribuições relevantes nesse período histórico, mas são as consequências das duas grandes guerras que marcam profundamente o pensamento político contemporâneo.
Destaca-se, quanto a isso, as observações da pensadora alemã Hannah Arendt, com sua visão sobre a banalidade do mal e as iniciativas revolucionárias, dentro de suas pesquisas acerca do fenômeno do totalitarismo.
Um dos principais nomes da segunda metade do século XX em filosofia política é John Rawls, que criticou uma interpretação utilitarista da justiça e propôs a justiça como equidade. Em Uma teoria da justiça, afirma que sua proposta seria a escolhida por pessoas em uma situação idealizada, a saber, pessoas livres, razoáveis e em iguais condições de escolha, promovendo, assim, uma sociedade mais igualitária. O resultado seria válido para qualquer sociedade democrática.
Já Ronald Dworkin propõe a igualdade como valor central, defendendo que todos deveriam ter a mesma disponibilidade de recursos, em seu livro A virtude soberana. Esses dois filósofos são os principais representantes do pensamento político liberal na contemporaneidade.
Em crítica principalmente à noção abstrata de pessoa e às condições de escolha adotadas por John Rawls, o termo comunitarismo foi utilizado para referir-se às teorias que rejeitaram as pretensões universalistas, indicando que as decisões políticas dependiam de pessoas em seus próprios contextos, enfatizando a cultura e as tradições. Michael Walzer e Charles Taylor são seus principais representantes, embora rejeitem essa classificação. Este último e Axel Honneth, inclusive, são os principais propositores da teoria do reconhecimento.
Como ocorreu nos demais campos de investigação filosófica, as questões políticas passaram a receber novos olhares, em especial o do economista Amartya Sen, que enfatizou a questão da pobreza e desenvolveu a teoria das capacidades, e o de Michel Foucault, com sua proposta original sobre o poder, ou melhor, as relações de poder que se constituem no tecido social. É sua a noção de biopoder, que seria um mecanismo usado pelos governos para controlarem todo um grupo de pessoas.
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