TEMA: ÉTICA E CONDIÇÃO HUMANA - PARTE II
Em busca de um conceito
A
palavra “ética” provem do grego “ethos” tendo como significado
modo de ser, caráter. Na tradução do latim “ethos” quer
dizer “mos” que significa costume, palavra esta que surgiu a
moral. Independente da tradução que atribuímos para “ethos”, nada mudará, pois
sempre trará consigo a indicação de um comportamento humano, algo que o ser
humano adquire por habitualidade, ou seja, não nasce com isso, somente adquire
com seu desenvolvimento em conjunto com a sociedade.
A denominação ética apresenta em seu corpo uma valoração, valores internos e próprios, considerando que cada indivíduo contém um valor, um costume, ou até mesmo um hábito, em base que a ética é uma ciência humana, há uma perspectiva ampla ao que diz respeito a seu conceito, não sendo portanto uma tarefa fácil, além do que primeiro desenvolvemos a teoria e em segundo plano a prática.
Conduta Humana
Ao
buscarmos o conceito de ética demos ênfase ao então aqui chamado conduta
humana, na qual vejo a importância de defini-la para uma melhor compreensão da
ética e da moral (assunto de próximo tópico).
A
ação humana é um comportamento do ser que reflete à sociedade, ou seja, uma
movimentação de energias que se compreende no tempo e no espaço. Comportamentos
tais como positivos (trabalhar, elogiar) ou negativos (roubar, ofender),
independentemente de qual a maneira que venha a expressar tal ação, esta por
fim terá uma repercussão para sociedade, criando assim uma ética nesse grupo
social, tendo em vista que ações individuais aglomeradas tornar-se-ão ações
homogêneas, ou seja, são ações praticadas por um individuo de forma
suscetíveis, praticadas com habitualidade tornando assim como uma referência
para aquele determinado grupo social, que na qual passam também a aderir.
Perante fato exposto onde encontramos a ética? A sociedade é ética quando cumpre a norma, temendo a coação, ou quando cumpre com espontaneidade? Devido esse conflito aqui estabelecido, para melhor esclarecimento do que emana a ética invoco a classificação bem sucedida de Eduardo C. B. Bittar. A ética demanda da pessoa: a) conduta livre e autônoma; b) conduta guiada pela convicção pessoal; c) conduta que não acontece mediante obrigatoriedade; Então vamos nos aprofundarmos nestes três pontos:
a-)
Conduta livre e autônoma: Ocorre quando a pessoa pratica o ato ou
conduta de livre consciência, sem interferência alheia, gerando uma conduta
ética;
b-)
Conduta dirigida pela convicção pessoal: Ocorre quando há o autoconvencimento do individuo, transformando as ideias, ideologias,
raciocínios e pensamentos em princípios da ação, há uma grande referência em
valores, contudo uma decisão individual, gerando uma conduta ética;
c-) Conduta não afetada pela coerção: Ocorre quando há norma ética, porém a pessoa age de forma livre, sem vício no seu consentimento, não se aplica a coação, gerando uma conduta ética, pois o individuo não age conforme coação (pressão ou violência).
Portanto se houver qualquer forma de coação, em função de que o individuo age forçado a cumprir tal norma, não falamos de ética, mas sim de um simples cumprimento de norma ética, na qual o individuo teme sanção. Aproveitando o momento exponho a afirmação de Miguel Reale: “Só temos, na verdade, moral autêntica quando o individuo, por um movimento espiritual espontâneo realiza o ato enunciado pela norma. Não é possível conceber-se o ato moral forçado, fruto da força ou da coação.
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