HISTÓRIA DO OCIDENTE - O DISCURSO CIVILIZATÓRIO
Um dos argumentos mais usados para defender a colonização e a sua legitimização foi o discurso civilizatório camuflado por questões de ciência, religião e cultura. Com efeito, o discurso que prega a inferioridade dos povos que foram colonizados permeia todo o processo da empreitada europeia pelo mundo.
Na teoria, a metrópole é a potência civilizada que vem trazer ordem à colônia. Na prática, os métodos ditos civilizatórios restringem a liberdade dos colonos o que marca uma oposição aos ideais iluministas de independência, razão e senso crítico dos indivíduos. Fruto de uma atitude disciplinadora do colonizador, o colonizado se domestica (ou é domesticado) para atender os compromissos da agenda colonizadora. Contudo, ao se adequar a esse padrão, ele não apenas « rompe » o discurso, mas se transforma em uma incerteza, um individuo parcial quanto a sua essência.
O INÍCIO DA FORMAÇÃO DO DISCURSO CIVILIZATÓRIO - O DARWINISMO SOCIAL
O Darwinismo social foi a teoria que justificou o discurso civilizatório na África durante o fim do século XIX, na tentativa de aplicar a teoria de Charles Darwin às civilizações humanas. Assim, afirmava-se que a seleção natural aplicar-se-ia no contexto das civilizações, sendo critérios definidores da superioridade as habilidades com ciências ou arte, além da raça. O critério racial justificou a manutenção de políticas racistas até o fim do século XX.
Darwinismo social é a teoria da evolução da sociedade. Recebe esse nome uma vez que se baseia no Darwinismo, que é a teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin (1808-1882), no século XIX.
O darwinismo social acredita na premissa da existência de sociedades superiores às outras.
Nessa condição, as que se sobressaem física e intelectualmente devem e acabam por se tornar as governantes.
Por outro lado, as outras - menos aptas - deixariam de existir porque não eram capazes de acompanhar a linha evolutiva da sociedade.
Assim, elas entrariam em extinção acompanhando o princípio de seleção natural da Teoria da Evolução.
Darwinismo Social e Racismo
Em virtude de ser uma teoria que considera a sociedade em raça superior e raça inferior - a chamada superioridade racial, o darwinismo social - que tem também como base ideais nacionalistas - consiste em um pensamento preconceituoso e racista.
Deste modo, acreditava que se os europeus eram tão bons dominadores esse fato decorria de a sua raça ser superior às demais.
Da mesma forma, o monopólio do comércio acompanhado pelos progressos científicos e tecnológicos era reflexo dos povos capacitados para essa situação.
Enquanto isso, os países que ficaram limitados ao fornecimento de mão-de-obra seriam inferiores, os menos capazes.
Exemplos de Darwinismo Social
Além das situações europeias citadas acima, destacamos como exemplo da teoria de Herbert Spencer o nazismo e o fascismo.
Na Alemanha, o movimento nazista tinha como dogma a superioridade da raça ariana e resultou no extermínio de milhares de pessoas, especialmente judeus, no conhecido holocausto.
Na Itália, o imperialista sistema político de nome fascismo tinha como uma de suas principais características o racismo ao pregar a premissa da purificação, uma vez que a mistura de raças era considerada uma contaminação.
Darwinismo Social no Brasil
A presença do darwinismo social é revelada no racismo no Brasil, que tem origem na época da colonização.
Embora os brasileiros não admitam, grande parte deles discriminam os negros. O resultado desse comportamento é revelada nas estatística que mostram, por exemplo, que a grande parte da população carente no Brasil é negra.
Eugenia
A eugenia também trata do tema da evolução humana como fator de controle social.
Foi criada por Francis Galton (1822-1911), que acreditava que a melhoria genética era determinante para a qualidade racial tanto no aspecto físico como no aspecto mental.
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