MUNDOS DO TRABALHO – A DIFERENÇA ENTRE SERVOS E ESCRAVOS
Ao
falar sobre a situação do servo medieval, observamos que muitos alunos fazem
uma pequena confusão com o significado dessa figura no mundo feudal. Conhecendo
as várias obrigações e tributos que estava sujeito, é comum chegar à conclusão
que o servo era a mesma coisa de um escravo. Apesar da lógica, essa equiparação
de conceitos está bem distante do significado que um escravo e um servo
possuíam.
Ou AINDA,
quando falamos de escravos logo os alunos se lembram da escravidão no Brasil.
Entretanto, existiam escravos na Idade Antiga. Para resolver essa confusão,
vamos observar os seguintes documentos abaixo (1 e 2):
1. DOCUMENTO 1 - TRECHO DE UM FILÓSOFO GREGO - IDADE ANTIGA:
“Os instrumentos são de vários tipos: alguns são vivos, outros inanimados; (...) Assim, qualquer parte da propriedade pode ser considerada um instrumento destinado a tornar o homem capaz de viver; e sua propriedade é a reunião desse tipo de instrumentos, incluindo os escravos; e um escravo, sendo uma criatura viva (...) é uma ferramenta equivalente às outras. Ele é em si uma ferramenta para manejar ferramentas.”
Nesse
primeiro trecho é possível notar que o filósofo grego equipara o escravo a um
instrumento, uma mercadoria necessária à sobrevivência do indivíduo. Por meio
dessa noção, vemos que os escravos eram rebaixados à condição de objeto
necessário à vida. Da mesma forma que hoje precisamos de um veículo ou de uma
casa para viver, os gregos acreditavam que os escravos eram somente mais uma
dessas “coisas” necessárias à existência.
1. DOCUMENTO 2 - Bispo Eadmer de Canterbury. Por volta do século XI, esse membro da Igreja fez a seguinte consideração sobre a sociedade de sua época:
“[Deus] fez ordens, que instituiu em vista das diversas missões a realizar neste mundo. Instituiu uns os clérigos e monges para que rezassem pelos outros (...). Instituiu os camponeses para que eles com o seu trabalho, assegurassem a sua própria subsistência e a dos outros. A outros, por fim, os guerreiros, instituiu-os para que defendessem dos inimigos, os que oram e os que cultivam a terra.”
COMENTÁRIO DO TRECHO 2:
Nesse segundo trecho, observamos que os servos medievais são
considerados aqui como partes integrantes de um complexo organismo social.
Mesmo sendo submetidos a uma dura rotina de trabalho, não podem ser simplesmente
equiparados aos escravos por não serem vistos ou tratados como uma simples
mercadoria. Com isso, fica clara a distinção existente sobre o lugar
socialmente ocupado por essas duas figuras que povoaram os mundos antigo e
medieval.
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