Leia o
texto abaixo para responder o que se pede:
A veracidade das fontes orais
Informações históricas relativas
a fatos como a chegada dos portugueses ao Brasil ou a abolição da escravatura
são de fácil acesso em arquivos. Nesses locais, no entanto, só se encontram
versões oficiais. "Existem muitas outras", afirma Santos, docente da USP.
O que pensavam os índios e os escravos nesses momentos históricos? São poucos
os documentos que trazem a voz dos dois grupos. Considerar apenas arquivos
escritos como comprovações verdadeiras é desconsiderar, por exemplo, a memória
de sociedades indígenas. Sem papéis, valem as lembranças dos mais velhos,
transmitidas oralmente aos mais jovens — única forma possível de reconstrução
do passado. Há historiadores que não reconhecem os relatos orais como fontes
históricas. Eles apontam que a memória falha e que o presente recriam
lembranças que transformam o passado. Seriam os documentos escritos mais
confiáveis que a história oral? Para Fábio Bezerra de Brito, docente de
História da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP, tanto os
documentos quanto os relatos orais foram ditos ou escritos por pessoas que são
por natureza parciais. "Na história oral o que as pessoas contam é apenas
aquilo que elas acham merecedor de ser lembrado. E o que fica não é todo o
passado. É importante compreender que memória é cultura e também poder. Os
arquivos oficiais contêm as versões que mais interessam às classes sociais que
dominaram e dominam as sociedades. E os livros, consequentemente, só reservam
espaço para essas interpretações. Os livros, então, não são confiáveis?
"Claro que não podemos ignorar as histórias estabelecidas. Seria cometer o
mesmo erro.
Disponível
em: http://novaescola.abril.com.br
01. A partir da leitura do texto e
do que foi estudado sobre as narrativas da história, assinale a afirmativa CORRETA:
a) Grande
maioria de historiadores não reconhecem os relatos orais como fontes
históricas, pois para eles, a memória é falha e o presente recria lembranças
que transformam o passado;
b) Os
historiadores da contemporaneidade afirmam que os livros não são confiáveis,
pois contêm versões históricas que interessam apenas às classes dominantes;
c) Na
história é importante comparar informações e formular hipóteses, seja na
consulta a arquivos de relatos orais, seja realizando entrevistas ou analisando
as histórias estabelecidas pelos relatos escritos;
d) Os
historiadores não podem ignorar as histórias estabelecidas oficialmente, pois
precisam manter a sua legitimidade;
e) Os
documentos escritos sempre são mais confiáveis do que a história oral.
02. De acordo com o texto – como os
historiadores conseguem ‘recriar’ de forma mais coerente “o pensar” de grupos
indígenas e o de escravos em períodos históricos como: na chegada dos
portugueses ao Brasil ou durante o processo da abolição da escravatura?
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03. Por que alguns historiadores não reconhecem os relatos orais como
fontes históricas?
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04. Como os historiadores devem
trabalhar com as fontes orais segundo Fábio Bezerra de Brito, docente de
História da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP?
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05. Por que os historiadores não
podem ignorar nenhum tipo de fonte histórica?
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06. Tanto a História quanto a
pré-história podem ser resumidas na ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;
b) se
fundamenta unicamente em documentos escritos;
c) estuda
os acontecimentos do passado dos homens utilizando-se dos vestígios que a
humanidade deixou;
d) estuda
os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade;
e) estuda
cuidadosamente as camadas do solo o que se chama estratigrafia.
07. Leia o texto abaixo e marque a
única opção CORRETA de acordo com o
que se pede.
As novas fontes
A história
nova ampliou o campo do documento histórico; ela substituiu a história [...]
fundada essencialmente nos textos, no documento escrito, por uma história
baseada numa multiplicação de documentos: escritos de todos os tipos,
documentos figurados, produtos de escavações arqueológicas, documentos orais,
etc. Uma estatística, uma curva de preços, uma fotografia, um filme ou, para um
passado mais distante, um pólen fóssil, uma ferramenta, um ex-voto são, para a
história nova, documentos de primeira ordem.
LE GOFF,
Jaques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990, p.28.
O
historiador utiliza, em seu trabalho, fontes escritas, visuais, orais e
sonoras.
São
exemplos de fontes orais:
a) letras
de músicas, poemas, contratos, documentos oficiais;
b) relatos
falados que passam de uma pessoa a outra;
c)
desenhos, esculturas, pinturas, fotografias;
d)
músicas e ritmos próprios da cultura de um povo de uma determinada época.
e) n.d.a.
(nenhuma das alternativas anteriores).
08. Quais tipos de
fontes foram citadas no texto da questão anterior?
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09. Leia o trecho a seguir:
O
historiador é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Ele retira e
preserva os tesouros do passado, interpreta a História, aprofunda o
conhecimento do presente. Um povo sem História, e sem o historiador, é um povo
sem memória.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br
Sobre a
arte de escrever a História e sobre o trabalho dos historiadores, assinale a
afirmativa CORRETA:
a) Os
fatos do passado pesquisados pelo historiador são apresentados de forma
definitiva, pois a História nunca muda;
b) A
produção crítica da História consiste em selecionar documentos oficiais, apurar
os fatos históricos, encadeá-los em ordem cronológica e descrevê-los;
c) O
historiador não é um homem neutro. Ele sofre as influências de sua época. Por
isso, o pesquisador da História não deve ter a pretensão de fixar verdades
eternas;
d) Como o historiador muitas vezes trabalha com
material produzido há vários séculos, sua interpretação do passado não sofre a
interferência do presente;
e) Um relato histórico não será válido se existir um anterior que
discuta o mesmo tema, desde que este tenha sido elaborado por outro
historiador.
09. Em sua
opinião quais são as maiores vantagens adquiridas por um povo que conhece a sua
história?
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10. Leia o fragmento
abaixo, escrito por uma arqueóloga:
“Cada mínimo detalhe
tem sua importância, pois é um elemento de valor para reconstruir um modo de
vida definitivamente extinto. Um objeto isolado de pouco serve se não
conhecemos as condições do meio ambiente correspondentes ao período estudado.
Por isso o trabalho arqueológico não pode ser feito por amadores ou
colecionadores de objetos arqueológicos. Somente todo o conjunto de uma
pesquisa torna possível o conhecimento da cultura e da história daquele povo.”
PESSIS, Anne-Marie. “Arqueologia.
Saiba como os arqueólogos trabalham”. In: Ciência Hoje On-line. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br>. Acesso em: 11 set. 2008.
Com
base no depoimento da arqueóloga, aponte a alternativa que melhor explica o que
é “o conjunto de uma pesquisa” arqueológica:
a)
O trabalho de campo, em que os arqueólogos descobrem pinturas ou coletam
objetos e fazem sua descrição;
b)
O trabalho nos laboratórios e centros de pesquisa, em que são feitos estudos
sobre a datação dos achados e sobre o meio em que foram produzidos;
c)
A junção do trabalho de campo (em que são descobertos e coletados os vestígios)
e do trabalho nos laboratórios e centros de pesquisa (em que são analisados e
estudados os vestígios encontrados);
d)
A Arqueologia deve trabalhar em parceria com amadores e colecionadores de
objetos para complementar seus estudos;
e)
n.d.a (nenhuma das alternativas anteriores).
11. Sabemos que o mito é uma forma muito antiga de
explicação da realidade. Mas não é a única. Para explicar fenômenos naturais e
sua própria existência, os homens também se valem de dados concretos, métodos
rigorosos e argumentos lógicos que resumem o que chamamos de:
a)
mito de origem;
b)
história bíblica;
c)
ensinamento religioso;
d)
ciência;
e)
teoria criacionista.
12. Produza um relato histórico tendo por base o
seguinte documento:
A
construção das pirâmides
O faraó Queóps obrigava todo o povo
egípcio a trabalhar para ele. “Grande número de egípcios foi empregado na
tarefa de cavar as pedreiras da montanha da Arábia e arrastar dali até o Nilo
as pedras que iam retirando, levando-as em seguida, para a outra margem do rio,
onde novos trabalhadores recebiam-nas e transportavam-nas para a montanha da
Líbia. Utilizavam-se de três em três meses, cem mil [pessoas] nesse trabalho.
Para avaliar o suplício a que foi tão longamente submetido esse povo, basta
dizer que se consumiram dez anos na construção da calçada por onde deviam ser
arrastadas as pedras.”
(Heródoto.
História (século V a.C).
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Um forte abraço!
Professor Luciano Marconi Mattioli – abril de 2020.
Nossa quer mata nois affs😶
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