quinta-feira, 30 de abril de 2020

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO GLOBAL

Professora Fabiana
Atividades da semana do dia 27 à 30/04
Entregar em folha separada e os exercícios copiar as questões e respondê-las

GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
Espaço Geográfico é o espaço habitado, transformado e utilizado pelo ser humano. É a porção da superfície terrestre que abriga as sociedades, envolvendo também os pontos utilizados para a exploração e extração de recursos naturais. Não se trata apenas de um “palco” ou um “produto”, pois ele é resultado e também resultante das ações humanas.
Além do próprio ser humano, compõem o espaço geográfico todas as suas obras e os meios naturais que interferem em suas atividades, como as cidades, as plantações e o meio rural, as indústrias, os objetos, os rios, os climas etc.
A produção do espaço geográfico – ou seja, o processo pelo qual o homem transforma e habita o meio em que vive – depende da natureza. A partir da exploração e extração dos recursos naturais, o ser humano desenvolve as suas atividades para a sua reprodução e sobrevivência.
Essa transformação aconteceu desde o surgimento do ser humano. Sociedades antigas ou agrupamentos tribais utilizaram-se dos recursos naturais para o desenvolvimento de sua vida em sociedade, transformando o espaço natural em geográfico. Assim, surgiram as primeiras civilizações. Até mesmo os povos nômades utilizavam e transformavam a natureza, produzindo o espaço geográfico.
Com o passar do tempo, o processo de transformação e produção do espaço foi se intensificando graças ao aprimoramento das técnicas, que permitiram que o homem melhorasse sua capacidade de desenvolvimento. Isso acontece desde os tempos pré-históricos, quando o homem aprendeu a produzir ferramentas e estratégias de cultivo que auxiliassem na produção e extração de alimentos.
Categorias de análise do espaço geográfico
Para o estudo do espaço geográfico, os geógrafos se utilizam de quatro categorias analíticas principais, além da própria concepção de espaço, a saber: território, paisagem, lugar e região.
Território: de forma simplista, o território pode ser definido como um espaço delimitado, de forma que essa delimitação obedeça a uma relação de posse ou de poder. Podem existir várias formas de território, como o território animal, o território político (as cidades, os países, os blocos econômicos), o território cultural (o das prostitutas ou de um grupo religioso), dentre outros.
Paisagem: é o espaço da superfície que podemos captar através dos nossos sentidos. É tudo aquilo que se manifesta diante de nós, aquilo que podemos ver, ouvir, sentir, tocar e cheirar.
Lugar: é um local tal qual o homem o percebe, é o espaço percebido. É aquele ponto ou área do espaço que o homem identifica e atribui sensações e predicados, sejam eles afetivos ou não.
Região: é um dos conceitos mais complexos da Geografia e possui várias definições. Pode-se dizer que região é uma área ou porção do espaço dividido conceitualmente pelo homem conforme suas características (clima, economia, relevo, política, entre outros). As regiões não existem na natureza, pois se tratam de uma construção intelectual humana. Assim, o homem pode elaborar diferentes regiões conforme os seus interesses, seja para planejar ações, seja para realizar estudos.
Exemplos: as regiões brasileiras segundo o IBGE, as regiões socioeconômicas do país, as regiões naturais do mundo, as regiões metropolitanas, dentre outras.
O espaço geográfico corresponde ao espaço construído pelas atividades humanas e pelas sociedades, sendo por elas explorado e correntemente transformado. Ele difere-se do meio natural por ser o local onde imediatamente se observa a atuação do ser humano sobre o meio, com a geração de seus respectivos impactos. Trata-se, contudo, de um conceito que possui várias definições e abordagens.
De maneira geral, é correto dizer que há uma produção do espaço geográfico, ou seja, ele é resultante das atividades sociais nas esferas econômica, cultural, educacional e outras. Por esse motivo, compreendê-lo é também uma forma de entender o próprio ser humano e a estrutura das sociedades.
Há que se dizer que, além de produzido, o espaço geográfico é propriamente concebido. Isso que dizer que, além de resultado das práticas e intervenções humanas sobre o meio, ele é fruto da forma com que as pessoas enxergam a realidade. Nesse sentido, o espaço também interfere nas diferentes maneiras com que podemos apreender a realidade e a ela dar significado, ganhando, nesse sentido, uma substância, em termos de conteúdo, que lhe dá uma dinâmica própria.
É nesse sentido que surge o conceito de lugar, que nada mais é do que o espaço percebido e também aqueles locais sobre os quais os sujeitos adquirem afeição e familiaridade. Aquele ponto turístico preferido, a rua da sua casa ou até a fazenda para onde uma pessoa qualquer costuma viajar são exemplos de lugar, que ganha, portanto, um aspecto subjetivo e individual. Nesse contexto, a Geografia também é a ciência dos lugares.
Desde os primórdios da humanidade, antes mesmo da invenção da escrita, os seres humanos atuam no processo de modificação da natureza. Com o tempo, essa prática foi se tornando cada vez mais comum e culminou no desenvolvimento das civilizações, todas elas dotadas de seus espaços, sem os quais não seria possível ter referências sobre elas. Assim sendo, esse espaço é parte constituinte da sociedade que o constrói e, de certa forma, reflexo dela, sendo o produto de suas visões de mundo, práticas sociais, religiões, culturas e, claro, de seu poder. Atualmente, podemos dizer que o nosso espaço atual é fruto não só da sociedade contemporânea, mas também um produto de seu passado.
O espaço geográfico, pois, carrega consigo elementos do passado e do presente, sendo o testemunho mais explícito das diferenças de valores culturais, arquitetônicos e morais dos diferentes períodos da história. Quando observamos um prédio antigo ou andamos por ruas centenárias, somos capazes de perceber, ao menos em partes, os valores de épocas anteriores.
É nesse sentido que podemos notar a dinâmica da paisagem, outro importante conceito atrelado à ideia de espaço geográfico. Ela não é só a aparência do meio em que vivemos, mas também um reflexo e um condicionante de suas formas e conteúdos. Por definição, podemos compreender a paisagem como tudo aquilo que podemos apreender por meio de nossos sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição), embora também existam as chamadas “paisagens ocultas”, aquelas que se escondem ou são ofuscadas pelas práticas sociais, seja por questões econômicas, seja por visões de preconceito, entre outros.
Além das paisagens, para melhor compreender o espaço geográfico, muitas vezes é preciso compreendê-lo em seus aspectos regionais. Para definir o que seria uma região, outro importante conceito, é necessária a adoção de um critério (natural, cultural, econômico, político, etc.) para estabelecer aquilo que chamamos de regionalização. Portanto, região é a porção do espaço dividida e observada a partir de um critério específico, elaborado conforme os nossos interesses e convicções, havendo, dessa forma, tantas regiões quanto critérios diferentes utilizados para elaborá-las.
Mas é importante também conceber que o espaço geográfico possui diferentes dinâmicas e relações, carregando consigo os valores morais da sociedade. Em muitos casos, relações de poder são estabelecidas e o espaço passa a ser apropriado, ou seja, controlado. Essa apropriação pode receber limites e fronteiras (a exemplo do território nacional), mas em outros casos não (como os territórios dos traficantes nas favelas, quando os limites não são muito precisos). Por isso, torna-se importante a compreensão do território, que é o espaço delimitado a partir das relações de poder, podendo se apresentar em várias escalas (do local ao global) e também em múltiplas formas (contínuo, em rede, etc.).
Portanto, podemos notar que o espaço é um elemento bastante complexo da realidade, tanto é que ele possui uma ciência específica que se preocupa em estudá-lo: a Geografia. Ela analisa-o como um fenômeno social, mas também se preocupa em estudar e compreender as paisagens naturais, haja vista que o seu substrato é de imediato interesse para a sociedade e suas atividades.
encurtamento das distâncias dá-se através das inovações técnicas e científicas, onde fisicamente é possível locomover-se por longas distâncias em curtos períodos de tempo, o que se dá pelo uso de automóveis, trens e aviões.A evolução dos transportes tem sido tão rápida que quase podemos afirmar que o ser humano vence distâncias, dando-nos a a sensação de que a distância física diminuiu, "encolhendo" o Mundo. meio técnico é basicamente um termo da geografia que descreve o processo de produção humana após o advento da Revolução Industrial, de modo que ele é fruto de inovações técnicas e científicas.O encurtamento das distâncias dá-se através das inovações técnicas e científicas, onde fisicamente é possível locomover-se por longas distâncias em curtos períodos de tempo, o que se dá pelo uso de automóveis, trens e aviões.meio técnico é extremamente integrado, sendo que ele colabora para o processo de globalização e encurtamento das distâncias, que também se dá pelas tecnologias informacionais e de telecomunicações.
No mundo do século XXI, as distâncias estão cada vez menores. A velocidade com que pessoas/informações circulam fazem com que haja uma sensação de encurtamento das distâncias. Esse fenômeno é conhecido como globalização.A alguns anos atrás, viagens de uma cidade à outra, de um país ao outro duravam dias, semanas. Viagens continentais duravam meses. Transmitir uma notícia, era questão de dias.Hoje, em poucos horas, conseguimos atravessar o mundo, de um pólo ao outro. As informações são transmitidas instantaneamente.Assim, as distâncias estão cada vez menores e, em alguns casos, sequer existem nos dias de hoje.O que podemos afirmar acerca do Encurtamento Das Distâncias, é que:durante o século XXI, sabe-se que  as distâncias estão cada vez menores considerando a velocidade com que pessoas e informações circulam.Com o advento das tecnologias de transporte, criação de carros mais velozes,  melhoramento dos trens e metrôs, distâncias maiores tem sido alcançadas em intervalo de tempo mais curtos.sensação de encurtamento das distâncias também está relacionada a criação de novos métodos de comunicação, especialmente por meio da rede de microcomputadores.

Meio técnico-científico-informacional

Os seres humanos estão sempre utilizando o meio em que vivem, sobretudo os elementos disponíveis na natureza, seja no seu consumo direto, seja para a sua transformação em mercadorias ou produtos manufaturados. Para isso, ele utiliza as diferentes técnicas, que envolvem as formas e os instrumentos utilizados para melhor produzir e transformar o espaço geográfico.
Desse modo, se a utilização das técnicas é uma questão fundamental para a transformação do espaço, a forma como tais técnicas evoluem e modificam-se ao longo do tempo também produz consequências diretas nas estruturas espaciais que envolvem as sociedades. Por esse motivo, estabelece-se uma periodização do meio desde a sua gradativa transformação pelas atividades humanas, indo desde o meio natural, passando pelo meio técnico e finalmente alcançando o meio técnico-científico-informacional — classificação concebida pelo finado geógrafo brasileiro Milton Santos em várias de suas obras publicadas.
Meio natural
O meio natural seria o estágio inicial do processo de produção das atividades humanas. Nesse longo período que marcou o início e a formação das primeiras civilizações, bem como o avanço de todas as sociedades pré-industriais ou não industrializadas, as práticas sociais eram inteiramente dependentes do meio natural.
Nesse sentido, a interferência do ser humano sobre o ambiente era de pouco impacto, de forma que era mais a natureza que condicionava as práticas econômicas, e não o contrário. Dessa maneira, a capacidade de recomposição da natureza era maior, haja vista que a capacidade do homem de ocupar e promover alterações em um amplo espaço era relativamente limitada.
Mas isso não impediu que práticas importantes ainda hoje utilizadas fossem desenvolvidas. Assim, várias técnicas agrícolas e também pecuárias foram elaboradas, muitas delas ainda vistas como formas de preservar os solos, tais como o terraceamento. As técnicas da pecuária também passaram pelo mesmo ideário.

A utilização do meio natural foi marcante em sociedades tradicionais
Meio técnico
Com o passar do tempo, as técnicas e os objetos técnicos foram sendo mais bem desenvolvidos à medida que o conhecimento humano expandia-se, o que propiciou a formação das bases que consolidaram a ascensão do meio técnico, cujo marco principal envolveu as duas primeiras revoluções industriais. Com isso, o espaço transformou-se em um espaço mecanizado, dotado de uma gama cada vez mais ampla de bens artificiais e mecanizados, em vez de simplesmente culturais.
Dessa forma, o ser humano ganhou uma renovada capacidade de enfrentar e, em alguns casos, de manter certo controle sobre as leis da natureza, com uma maior possibilidade de transformá-la em larga escala. Tal processo foi operacionalizado pelo emprego de instrumentos, estes, segundo Milton Santos, “já não são prolongamentos do seu corpo, mas que representam prolongamentos do território, verdadeiras próteses”.
O meio técnico consolidou-se com o avanço da industrialização pelo mundo

Meio técnico-científico-informacional
Atualmente, diz-se que estamos vivenciando não mais um meio puramente mecanizado ou tecnicista, mas um meio também marcado pela maior presença das descobertas científicas e das tecnologias da informação, o meio técnico-científico-informacional. Ele representa, sobretudo, o período que se manifestou de maneira mais acabada a partir dos anos 1970 como consequência da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional.
O principal marco desse momento é a união entre ciência e técnica pautada sob os auspícios do mercado. Não que já não houvesse uma aproximação entre as produções científicas e as evoluções das técnicas, mas somente agora tal inserção encontra-se em um sentido de complementaridade, de extensão de uma em relação à outra. Nesse ínterim, todo objeto é técnico e informacional ao mesmo tempo, pois carrega em si uma ampla estrutura de informações.
Tal avanço permitiu a consolidação do processo de globalização, mais bem compreendido como uma mundialização da difusão de técnicas e objetos, parâmetro que possui a informação como a principal energia motora de seu funcionamento. Tal fator proporciona alterações não só do espaço geográfico em si, mas da forma como o percebemos e lidamos com ele.
O meio técnico-científico-informacional envolve a difusão de técnicas focadas na informação
O meio técnico-científico-informacional envolve a difusão de técnicas focadas na informação
Por fim, e não menos importante, é importante compreender que tais transformações não se manifestam pelo mundo de maneira homogênea, isto é, não se consolidaram em todas as partes do planeta de maneira igualitária. Aliás, o desenvolvimento das diferentes técnicas em um número restrito de localidades permitiu o avanço das desigualdades e a intensificação das relações de dependência política e econômica entre os diferentes espaços.
GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
Globalização
globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.A Globalização  é um processo de integração econômica, cultural, social e política. Esse fenômeno é gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o mercado atual estiver saturado.
Regionalização 
As Regiões Administrativas são autarquias de âmbito regional. São parte do Poder Local. São entidades intermédias, situadas entre o Poder Central e os municípios, eleitos pelas populações e destinadas a complementar a acção municipal. É assim que a Constituição da República as consagra e define estabelecendo que a organização autárquica no país é constituída pelas freguesias, municípios e regiões administrativas. É esta parcela das instituições locais cuja criação está em debate. Regionalizar significa dividir em regiões, de acordo com as semelhanças ou características que determinados lugares apresentam em comum.

Mas o que é globalização exatamente?

O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.
Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.

A globalização permite, em tese, uma maior integração entre as diferentes áreas do planeta
A globalização permite, em tese, uma maior integração entre as diferentes áreas do planeta.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização

Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.

Aspectos positivos e negativos da globalização

Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, obliterando, assim, suas matrizes tradicionais.
Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores.
É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para a sociedade e para o planeta.

Efeitos da Globalização

Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.
A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.

AS DOUTRINAS DO PODERIO DO EUA

AS DOUTRINAS DO PODERIO DO EUA. A história dos Estados Unidos da América reflete uma trajetória que culmina com seu poderio econômico e bélico atual. De treze colônias esquecidas no séculos XVI, XVII e XVIII, passou, já nas primeiras décadas do século XX, a potência e após a segunda guerra mundial a uma superpotência.

A superpotência chamada Estados Unidos da América, começou a crescer já nas primeiras décadas do século XX, deixando de ser apenas treze pequenas colônias esquecidas no séculos XVI, XVII e XVIII. Após a Segunda Guerra Mundial, o país se tornou a superpotência econômica e bélica, que é até hoje.
Algumas doutrinas, posicionamentos intelectuais, filosóficos e até religiosos colaboraram para esse sucesso. Veremos algumas.

O Iluminismo.

Esse movimento filosófico contribuiu com ideias de relevante importância para a política e a economia dos EUA. O Iluminismo prega, dentre outras coisas, a democracia, o liberalismo econômico, liberdade de culto e de pensamento. A ciência se sobrepõe sobre os dogmas religiosos. A independência dos EUA foi feita sob a égide desses pensamentos.

O Destino Manifesto.

  Após sua independência os EUA desenvolveram a ideia do Destino Manifesto, a qual os colocava como eleitos por Deus para levar o "progresso" e a "civilização" a outros povos. Em meados do século XIX, essa doutrina deu embasamento às expansões territoriais para oeste, onde milhares de índios e mexicanos foram mortos.
A conquista da independência alcançada pelos Estados Unidos promoveu um notável processo de crescimento econômico e populacional. Mais do que isso, a vitória contra os antigos laços coloniais foi apenas o primeiro passo para que outras conquistas viessem a ser logo empreendidas por essa mesma população. Nesse contexto, observamos o expressivo alargamento das fronteiras da nação norte-americana rumo ao norte e ao sul de um imenso espaço inexplorado.
A primeira das conquistas estabelecidas pelos Estados Unidos aconteceu em 1803, quando o governo negociou a compra da Louisiana junto aos franceses. Pouco tempo depois, no ano de 1819, o governo conseguiu adquirir a Flórida anteriormente controlada pelos espanhóis. Essa mesma política de compra territorial também aconteceu no Alasca – comprado dos russos em 1867, e na conquista do Oregon – região que anteriormente pertencia aos domínios do Império Britânico.
No caso de conquista da região do Texas, os Estados Unidos tiveram que empreender uma guerra contra o México. Desde as primeiras décadas do século XIX, colonos norte-americanos se instalavam de forma ilegal ou consentida nos territórios texanos empreendendo formas autônomas de organização de suas áreas de influência. Com o passar do tempo, o não reconhecimento da autoridade política mexicana incitou os colonos daquela área a travarem uma guerra contra os mexicanos.
A vitória contra os mexicanos aconteceu paralelamente ao processo de ocupação das terras a oeste. A busca e o controle dessas terras motivaram diversos colonos e imigrantes europeus a tentarem a sorte buscando um pedaço de terra onde poderiam alcançar uma vida mais próspera. É importante ressaltar que nessa corrida, um violento conflito contra as populações indígenas promoveu, décadas mais tarde, as famosas histórias que marcaram os filmes de faroeste.
Contudo, mesmo sendo marcada pela violência e pelas guerras, a expansão dos Estados Unidos até o extremo oeste recebeu uma significativa justificação ideológica, a doutrina do Destino Manifesto, que colocou os colonos norte-americanos como divinamente destinados a promover a conquista dessas novas terras. A ambição e o interesse econômico ganharam um arrebatador apelo religioso que legitimava os conflitos e massacres que marcaram esse episódio na história norte-americana.
Todas essas conquistas territoriais foram de fundamental importância para que os Estados Unidos acelerassem o seu processo de desenvolvimento agrícola e industrial. No setor agrário, o país conseguiu ampliar sua produção de trigo, milho e algodão. Além disso, a criação de ovinos, suínos e bovinos significou outra frente de fortalecimento da pecuária estadunidense. Na indústria, o crescimento dos mercados consumidores e o investimento em infraestrutura dinamizaram a economia nacional.
Os ganhos alcançados por meio de tantas conquistas foram a prova fundamental que comprovava a doutrina do Destino Manifesto. Com isso, essa sociedade mobilizada em torno do objetivo de conquistar terras construiu uma autoimagem de uma nação eleita por Deus para civilizar novas terras e prosperar economicamente. Dessa forma, estavam estabelecidos as condições e o sentimento que transformaram as antigas Treze Colônias em uma grande potência mundial.

O Liberalismo Econômico.

 Apesar de estar no contexto do Iluminismo, o Liberalismo Econômico  contribuiu por demais com a industrialização dos EUA, de modo que em meados do século XIX, o país já  despontava como a quinta nação do mundo em produção industrial o que acontecia de fato é que os EUA pregava o liberalismo mas dentro do próprio país havia grande concentração de monopólios e trustes. Uma época em que se desenvolveram grandes grupos empresariais, alguns que permanecem até os dias de hoje.

Doutrina Monroe

Em 1823, James Monroe passou uma mensagem ao Congresso americano, que ficou conhecida até nos dias atuais como Doutrina Monroe.
Essa Doutrina se deu em um período de turbulência, principalmente na Europa, onde se via uma onda reacionária absolutista coordenada pela Santa Aliança: Rússia, Prússia, Áustria e pelo rei da França, que ajudou na volta ao poder de Fernando VII na Espanha.
O México, principalmente, lutou contra a dominação espanhola que tinha como intuito retomar suas possessões, entretanto, a Doutrina Monroe tinha como princípios básicos:
1- O continente americano não pode ser recolonizado
2- A não intervenção dos países europeus na América
3- A não intervenção dos Estados Unidos nos assuntos da Europa.
Esses três princípios buscavam principalmente a hegemonia dos Estados Unidos na América e uma política diplomática resumida na célebre frase “América aos americanos”.
O documento de 1823 mostra muito bem como os norte-americanos pensavam em relação à recolonização da América:
"Com a existência de colônias ou dependências outras pertencentes a qualquer poder europeu nós não interferimos e seguiremos não interferindo. Mas no caso de um governo que já declarou sua independência e conseguiu sustentá-la e aqueles outros que já a conseguiram conquistar a sua independência anteriormente, com grande consideração e dentro de justos princípios, reconhecidos, nós não podemos aceitar nenhuma interposição com o propósito de oprimi-lo, ou controlá-lo de qualquer outra maneira o destino deles, por qualquer poder europeu, ou qualquer outro que assim o fizer, será visto como uma manifestação de uma disposição hostil em relação aos Estados Unidos.” (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823).
Esse Manifesto ficou conhecido pela sua influência internacional. Pregado em um período onde as ex-colônias espanholas viviam um período de turbulência e revoluções internas, A Doutrina Monroe foi encarada de forma afetuosa e também de forma arrogante na história. Estes contrastes relacionados à longa duração da mensagem do Presidente americano construíram debates sobre esta política internacional estadunidense.

OS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS

São blocos que, por meio de acordos diplomáticos ou pela dinâmica dos fluxos econômicos facilitam a circulação de mercadoria e capitais alem de configurar os mercados internos.Os blocos supranacionais são acordos diplomáticos que ocorrem entre diferentes países, para facilitar a circulação de mercadorias e capitais ( dinheiro), além de transformar os mercados internos. 

Os blocos econômicos surgiram em um contexto amplo de difusão da globalização. A globalização, intensificada após a Segunda Guerra Mundial, faz com que as economias do mundo todo se conectem, transformando o planeta em uma grande rede de trocas comerciais, culturais, políticas, sociais e várias outras possíveis.
Esses blocos passaram a se formar com o intuito de diminuir as fronteiras impostas pelos países, havendo trocas significativas, como mão de obra, serviços, capitais e fluxo de mercadorias. Além disso, também é um objetivo aumentar o Produto Interno Bruto (PIB), o lucro das empresas e, consequentemente, os empregos nos países envolvidos.

O que são blocos econômicos?

Um bloco econômico pode ser considerado como um grande grupo de países que visam a aumentar as trocas comerciais regionais, expandindo seus dados econômicos, como PIB, empregos, multinacionais no país, poder de compra da população, entre outros.
Muitos autores chamam esses blocos de mercados regionais, em razão da restrição dos acordos à região dos países envolvidos, ou megablocos regionais, dada a grandeza de alguns, como a União Europeia.
Em um mundo cada vez mais globalizado, é natural que países queiram proteger suas economias da concorrência global. Isso porque, em muitas localidades, alguns fatores deixam a mercadoria mais atrativa a investidores, como a disponibilidade de mão de obra ou mesmo os incentivos fiscais oferecidos pelos governos.
Diante disso, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a ideia da criação de um mercado restrito para um grupo de países, a fim de incentivar suas economias. Esse era o objetivo da criação do Benelux (palavra que corresponde às três sílabas iniciais de cada país-membro), formado por Bélgica, Holanda (Netherlands, em inglês) e Luxemburgo.
Depois, outros blocos surgiram ao longo do século XX, como a União Europeia, o Mercosul, o Nafta, entre outros.

Tipos de blocos econômicos

Para compreendermos como funcionam os blocos econômicos, é necessário compreender como eles são criados. Existem vários blocos econômicos pelo mundo, mas cada um possui um nível de integração diferente dos demais. O que caracteriza essa integração é o desejo dos países-membros de intensificar mais ou menos as relações econômicas entre as nações.
Podemos organizar os blocos econômicos em diferentes tipos (características):
  • Zona de livre comércio: os países unem-se para a liberação gradual de mercadorias e capitais dentro dos limites territoriais do bloco. É uma integração tímida, visando apenas aos produtos e aos lucros obtidos nessa produção. Como exemplo, podemos citar o Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que envolve os três países da América do Norte: Canadá, Estados Unidos e México.
  • União aduaneira: trata-se de uma evolução da zona livre de comércio. Além da liberação das mercadorias e produtos, é estabelecida uma Tarifa Externa Comum (TEC) aos países de fora do bloco. Isso significa que, quando um país do bloco negociar com outro país que não pertença ao bloco, haverá uma taxa de importação padronizada, igual para todos os que participam da integração econômica. O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um exemplo de bloco que possui a TEC.

  • Mercado comum: possui a integração mais evoluída. Há as duas características anteriores, como a zona de livre comércio e o estabelecimento da TEC, e outras para promover uma ampliação das relações entre os envolvidos. Essa ampliação busca padronizar leis trabalhistas, legislações econômicas, além da livre circulação de pessoas. Além disso, empresas nacionais podem expandir seus negócios, instalando-se em qualquer um dos países do bloco que está nesse nível de integração.
  • União econômica e monetária: Conforme as relações se intensificam e avançam, o bloco econômico pode chegar ao seu estágio máximo e completo: a adoção de uma moeda única e criação de um banco central do bloco. É o caso da União Europeia, que adotou o euro como moeda oficial em 2002. Porém, essa moeda não é adotada em todos os países que fazem parte desse bloco.

Quais os principais blocos econômicos?

  • União Europeia (UE)

União Europeia, bloco iniciado com a criação do Belenux, em 1944, é o bloco econômico que representa a maior integração de nações, pois possui todas as características para tal ação. Apesar de adotar uma moeda única no bloco, nem todos os países-membros utilizam o euro. São 27 países participantes desse bloco, os quais, juntos, possuem um PIB maior do que a China (segunda maior potência econômica do mundo).

  • Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA - do inglês North American Free Trade Agreement)

Esse bloco teve seu início em 1989, com adesão de dois países da América do Norte: Canadá e Estados Unidos. As conversas com o México começaram dois anos depois, em 1991. Em 1994, o Nafta entrou em vigor com a adesão dos três países citados após três anos de negociações.
Com uma pequena integração econômica, os três países envolvidos possuem trocas comerciais significativas, com amplo mercado consumidor. Tais trocas possibilitaram uma modernização industrial, além de impulsionar investimentos e fluxos de comércio nos três países. Estima-se que as trocas em mercadorias diárias entre esses países cheguem a 2,6 bilhões de dólares, o que corresponde, aproximadamente, a 108 milhões de dólares por hora.
  • Mercado Comum do Sul (Mercosul)

Criado no início da década de 1990, o Mercosul corresponde ao maior PIB da América Latina, com 10 países envolvidos, havendo desde trocas comerciais até livre circulação de pessoas. O Mercosul corresponde à quinta maior economia do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) de quase 2,8 trilhões de dólares. Além disso, esse bloco é um espaço privilegiado para investimentos, associações empresariais, turismo, comércio, entre outros cenários econômicos.
  • Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean - do inglês Association of South East Asian Nations)

Esse bloco foi criado em 1967, na Tailândia, com o objetivo de desenvolver países que estão no sudeste da Ásia, como Indonésia, Cingapura, Malásia e outros. Trata-se de um bloco tímido que se encaixa em uma união aduaneira, cujas ações buscam a integração política e econômica dos países-membros.
  • Asia-Pacific Economic Cooperation (Apec)

Com 21 países participantes, esse bloco inclui as nações banhadas pelo oceano Pacífico, como Estado Unidos, Japão, China, Peru, Hong Kong e outros. Inicialmente, quando foi criado, em 1989, era apenas um fórum para decisões econômicas entre as nações. Com o tempo, houve a tentativa de implantar uma zona de livre comércio, mas as disparidades eram imensas.
Apesar de haver uma interdependência gradual entre as nações, ainda há muito que superar para que essa zona de livre comércio seja implementada, haja vista as disputas comerciais entre as três maiores economias do globo presentes nesse bloco: Estados Unidos, China e Japão.

Vantagens e desvantagens dos blocos econômicos

Os blocos são vantajosos para a maioria dos países envolvidos, pois a troca econômica é bem ampla, o que contribui para que empresas de um país instalem-se em outro, para a circulação de bens, serviços e capital, além da circulação de pessoas, como o caso da União Europeia e do Mercosul.
Entretanto, as economias mais frágeis do bloco ficam prejudicadas em alguns quesitos, como é o caso do México no NAFTA. Indústrias estadunidenses instalam-se no país latino, usam mão de obra mais barata para produzir suas mercadorias e vendem, com um preço elevado, para mexicanos e estadunidenses, além dos canadenses. O poder de compra dos Estados Unidos é maior que o dos mexicanos, ou seja, a aquisição de um bem não depende, nesse caso, da origem do produto, mas sim do preço que lhe é colocado.
Outra desvantagem, em tempos de globalização, é o protecionismo econômico que há em alguns blocos em relação a produtos que vêm de outros países não pertencentes ao bloco.
Há, também, situações em que a xenofobia está presente, como na União Europeia. Em muitos países, como na França, a Frente Nacional, partido de extrema-direita, defende a França para os franceses, slogan utilizado em algumas eleições e que se posiciona contra a integração dos países. Para esse partido e seus apoiadores, a livre entrada de pessoas deve ser revista, com restrições a determinadas nacionalidades.
Em linhas gerais, nos blocos econômicos, as grandes economias só têm a ganhar, pois, com a ampliação das relações econômicas, a tendência é que os grandes continuem grandes e até maiores. Já para os países com economias mais frágeis, há uma dependência em relação aos países mais fortes, como é o caso do México e do Canadá no Nafta, que dependem do mercado consumidor estadunidense para que suas economias continuem pujantes.

Exercícios


Questão 1 – (UEGObserve a figura a seguir:
Fonte:<https://commons.wkimedia.org/wiki/File:Map_of_NAFTA.png>.
A região em destaque no mapa representa os países-membros do seguinte megabloco econômico:
a) CEE
b) Alca
c) Apec
d) Nafta
e) Mercosul
Questão 2 – (PUC-RS) A divisão do mundo em Estados nacionais, com fronteiras, moedas e alfândegas, cria barreiras à livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas. A criação de blocos econômicos é uma tentativa de reduzir essas barreiras em escala regional, mas também uma forma de os países-membros se fortalecerem frente ao processo de globalização.
Nesse processo, NÃO constitui uma forma de organização de blocos econômicos:
a) União aduaneira
b) União econômica e monetária
c) Criação de zonas de livre comércio
d) Eliminação das fronteiras físicas
e) Organização de mercados comuns
Questão 3 - Assinale a alternativa que contenha siglas apenas de blocos econômicos:
a) Brics, Mercosul e União Europeia
b) Mercosul, União Europeia e G20
c) Nafta, União Europeia e Apec
d) Apec, União Europeia e Brics
Questão 4- Um relatório do Fórum Econômico Mundial assinala que os países emergentes, apesar do vistoso desempenho econômico dos últimos anos, ainda estão muito atrasados no investimento em tecnologias da informação (TI), isto é, os sistemas de gerenciamento de dados e de comunicação. Trata-se de uma área crucial para que o desenvolvimento desses países, entre os quais está o Brasil, mude de patamar, dando-lhes melhores condições de competir com os países ricos e de proporcionar bem-estar à população. O estudo do Fórum adverte que a demora na superação das deficiências comprometerá o potencial de expansão dos emergentes [...].

Nesse ranking anual de conectividade, o Brasil subiu do 65.º para o 60.º lugar entre 144 países, abaixo de Rússia (54.º) e China (58.º) e acima de Índia (68.º) e África do Sul (70.º). Na América Latina, o Brasil é superado por Chile (34.º), Porto Rico (36.º), Barbados (39.º), Panamá (46.º), Uruguai (52.º) e Costa Rica (53.º). A classificação leva em conta fatores como a infraestrutura, o nível de preparo para o uso de TI, a qualidade e o custo do acesso aos sistemas e a facilidade para fazer negócios e promover inovação, além dos efeitos da TI sobre a economia e a sociedade [...].
O Estado de S. Paulo, 27 de abril de 2013. Lento avanço tecnológico. Disponível em: Estadão.com
Com base na leitura do texto, podemos dizer que o processo de globalização e difusão de tecnologias é:
I. Desigual, acompanhando sempre os níveis de desenvolvimento econômico.
II. Dinâmico, baseado nas transformações provocadas pelos avanços tecnológicos.
III. Estrutural, uma vez que necessita de bens materiais para estabelecer a sua expansão.
IV. Revolucionário, pois realiza sua expansão rapidamente, mesmo em zonas periféricas.
São corretas as afirmativas:
a) I e II
b) II e III
c) I e IV
d) III e IV
e) II, III e IV
Questão 5- 
  Tirinha retratando a Globalização
Carlos Ruas. Um Sábado Qualquer. Disponível em: Um sábado qualquer.
Assinale a alternativa que indica a característica da Globalização representada pela tirinha:
a) Mercantilização da Economia
b) Formação de Acordos Econômicos
c) Cartelização
d) Expansão das empresas globais
e) Censura aos meios publicitários
Questão 6- Nas últimas décadas, produziu-se um verdadeiro movimento sísmico no processo de produção global. Centenas de grandes empresas americanas e algumas europeias deslocaram parte ou grande parte de sua cadeia de produção e distribuição para a China, a Índia e outros países asiáticos, induzidas pelas vantagens comparativas proporcionadas por baixos salários, recursos humanos de aceitável qualidade em nível técnico e gerencial, e um dos mercados internos em franca expansão nos países receptores. Isso gerou uma fragmentação e dispersão geográfica do processo capitalista de produção, o qual se converteu em um processo “desnacionalizado” que aliena e fragmenta os conceitos de “nação” e “indústria”; transforma-se a categoria que dominou a análise do capitalismo industrial, a tomada de decisões e a geração de políticas durante décadas: “a indústria nacional”. Essa profunda mudança estrutural forma um novo paradigma que se consolidará à medida que a internacionalização industrial e sua fragmentação se vejam facilitadas pela experiência acumulada, a tecnologia e os avanços em matéria de comunicação, transporte e logística.
GARRAMÓN, C. Paradigmas que condicionam o curso da economia global. Opinion Sur, nº117, maio de 2013
Pode-se afirmar que esse processo de fragmentação e internacionalização industrial:
a) não possui uma relação direta com a Globalização, uma vez que os instrumentos estruturais e as técnicas empregadas são de baixo custo e atingem regiões não globalizadas.
b) caracteriza-se pela expansão das empresas globais do mundo desenvolvido em direção, preferencialmente, a países emergentes, assinalando uma concentração industrial exclusiva de nações com economia em desenvolvimento.
c) abaliza a mundialização nas etapas das operações fabris, em que as diferentes parcelas de uma mesma produção se descentralizam para além das fronteiras nacionais e dos limites continentais.
d) demonstra a importância da coesão da maquinofatura, caracterizada pela produção em massa e pela manutenção das formas tecnológicas de uma mesma época.
e) efetua-se pela dinamização e consolidação da social democracia, um modelo econômico pautado pela mínima intervenção do Estado e pelo predomínio da iniciativa privada.
Questão 7- O controle de parcelas significativas do mercado mundial está entre os mais claros sinais de desenvolvimento econômico. A repartição desse mercado entre as nações é extremamente desigual. Os países desenvolvidos controlam a fatia predominante do bolo, embora se registrem avanços significativos dos grandes países em desenvolvimento, especialmente a China.
MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino MédioSão Paulo: Atual, 2008. p.385.
A tendência atual, no contexto da globalização econômica das relações internacionais, é caraterizada pela concretização de um paradigma mundial, representado:
a) pela oposição entre os países do norte desenvolvido e do sul subdesenvolvido, caracterizando uma nova forma de se regionalizar politicamente o mundo.
b) pela fragmentação industrial, em que as sedes das grandes empresas multinacionais se deslocam para polos comerciais de economias emergentes.
c) pela nova política de controle da produção industrial em benefício da preservação dos recursos naturais.
d) pelo fim do mercado especulativo financeiro e pelo estabelecimento de uma ordem econômica informacional, eminentemente não oligopolizada.
e) pelo crescente fluxo de capitais e informações, distribuído homogeneamente pelo globo terrestre.
Questão 8- (UERJ – 2013)
3ª do plural (Engenheiros do Hawaii)
Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora
Corrida pra vender os carros
Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina
Eles querem te vender, eles querem te comprar
Querem te matar a sede, eles querem te sedar
 (...)
Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida antes mesmo da largada
(...)
Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista sempre foram o resultado da busca por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo. A crítica ao sistema econômico presente na letra da canção está relacionada à seguinte estratégia própria do atual modelo produtivo toyotista:
a) aceleração do ciclo de renovação dos produtos
b) imposição do tempo de realização das tarefas fabris
c) restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias
d) padronização da produção dos bens industriais de alta tecnologia
Questão 9-(UFF – 2012)
Mapa da difusão da comunicação internacional na era da globalização
O título do mapa refere-se a uma parcela da população mundial que, ao ter acesso à difusão instantânea, comporia uma espécie de Comunidade Internacional, ancorada em redes como as ilustradas acima.
A comparação entre a localização geográfica das redes televisivas e a da maior densidade de usuários de internet admite a indicação de outro título adequado a esse mapa. Assinale-o.
a) Colonização inversa: a provocação dos centros
b) Polarização Norte-Sul: a fragmentação global
c) Globalização em foco: um choque de civilizações
d) Integração regional: o protagonismo das periferias
e) Comunicação digital: o fim das diferenças culturais













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